domingo, 9 de dezembro de 2012

ANJO OU DEMÔNIO




Hoje estou postando um cordel que escrevi há algum tempo.



ANJO ou DEMÔNIO

Quando te vi não percebi
Você foi visto com atenção
Uma amiga me falou
Nossa! que homem bonitão
Tão breve te olhei
Com os olhos do coração

Com um sorriso no olhar
E pitada de malícia
A mim disse baixinho
Você é uma delícia
Nesse instante estremeci
E senti sua carícia

Lindo Anjo japonês
Anjo ou demônio não sei
Foi minha grande perdição
Muito encantada fiquei
Vivi momentos intensos
Por ele me apaixonei

E foram dias felizes
Noites melhores ainda
Mas a tempestade veio
A paixão que era linda
A deriva ela ficou
Da alma foi à dor vinda

Está difícil esquecer
A magia e sedução
Avisada eu fui
Mas o que dizer ao coração
Que só pensa em você
Em outra não caio não

Triste, triste eu fiquei
Agora estou sofrendo
Com o coração apertado
Ai meu Deus! Como esta doendo
Provei amargo fel
Mas a vida vou vivendo 

domingo, 2 de dezembro de 2012

RINO, O RATO QUE ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA


Olá garotada, hoje irei publicar uma história infantil em cordel.
Esse Cordel é da minha querida amiga, professora Cleusa Santo.



Narrarei aqui um fato
Atraente, genuíno.
Sobre um ratinho romano
Que queria ser grã-fino.
Esperto e determinado
E o seu nome era Rino.



Todo o dia ao acordar
Já ia raciocinando:
- Eu vou embora daqui
Não estou mais aguentando.
E de morar no palácio
Seu desejo ia aumentando.

De tanto pensar, pensar,
Um bom plano ele bolou:
"Vou trabalhar no palácio
Já sei do jeito que vou"
E entrou no carro de lixo
Quando o lixeiro passou

E assim que o lixeiro entrou
Na bela casa real,
Para fazer a coleta
Da sujeira semanal,
Ele pulou no jardim
Com seu plano genial.



- Eu quero aqui trabalhar
Serei um bom cozinheiro,
O meu tio, João Ratão,
Na arte foi o primeiro,
Queijos eu sei fazer bem,
Serei um grande queijeiro.

Andando pelo palácio
Ouvi o rei ordenando:
- Matem todos esses ratos
Eu já vi muitos andando,
Ratos espalham doenças
Escutem o que eu estou falando.

Rino ficou assustado
E pensou logo em fugir.
Ao avistar um baú
Já começou a subir,
E daquela altura imensa
Pensou até desistir.

De repente escorregou
Foi parar lá no fundão,
Teve medo que o baú
Fosse um grande alçapão,
Quem sabe, uma ratoeira
Ou talvez uma armação.

Mas não era nada disso
Ele ficou bem contente,
Quando chegou lá no fundo
Tinha algo reluzente,
Pois era a roupa do rei
Bem ali na frente.

Nervoso e desconfiado
Rino pôs-se a roer,
Pois era a sua natureza
Não podemos esquecer,
Roeu, roeu, roeu tanto,
Até seu dente doer.

Depois dessa roedeira
Sentiu alguém carregando,
A caixa para o saguão
E ouviu o rei falando:
- Quero minha roupa nova!
E já foram lhe entregando.

Rino saiu do baú
E num cantinho ficou,
Tremendo, todo suado,
Seu fôlego quase acabou,
O rei colocou a roupa
E pra todos desfilou.

O povo todo dizia:
- O rei é maravilhoso!
Com essa roupa rendada
Com desenho fabuloso,
Quem a fez, só pode ser
Um costureiro famoso.

O rei todo convencido
Ordenou logo chamar,
Quem fez aqueles desenhos
Para com ele falar,
Querendo ao bom artista
Um agrado lhe ofertar.

O Rino com muito medo
Para o rei já foi dizendo:
- Fui eu, Vossa Majestade, 
Portanto vá me prendendo,
Mas por favor, não me mate
Pois quero seguir vivendo.

O rei olhou para ele
Quase sem acreditar.
Disse: - Meu bom, roedor,
Ouça o que eu vou falar,
Ficou linda a minha roupa
Quer comigo trabalhar?

O rato quase morreu
De alegria e emoção:
- Eu quero sim Majestade
Assumir tal profissão,
Prometo que o senhor
Não terá decepção.

Depois daquele episódio,
O rato tudo mordia.
Na roupa do rei de Roma
Lindos desenhos fazia,
Com maior perfeição
Trabalhando todo o dia.

Não sei se é fato ou fita
Se é amedota ou lenda,
Dizem que o rato Rino
É o inventor da renda,
Eu só contei a história,
Não vou entrar em contenda.