sexta-feira, 29 de junho de 2012

HORA DO CONTO


Foi muito boa a primeira apresentação da hora do conto.






A história contada foi a "Menina e a Estrela"
As crianças se divertiram muito.
Em Julho teremos mais, no dia 16/07/2012 irei contar "O Casamento da Dona Baratinha"
No "Venha se Divertir na Biblioteca"











quinta-feira, 14 de junho de 2012

HISTÓRIA CONTADA NO SENSORIAL

Estamos felizes pelos resultados alcançados na SEMANA DO MEIO AMBIENTE, a Secretária do Meio Ambiente esteve presente no evento realizado pela Biblioteca (local que trabalhamos), resolvemos contar uma história de maneira diferente, no SENSORIAL (usando os sentidos), e foi muito gratificante.


Fizemos na biblioteca Infantil, com algumas escolas, as crianças amaram, logo após a contação de história tivemos uma oficina de reciclados, no qual as crianças presente confeccionaram um porquinho (cofrinho) e um Vai- Vem.
Foi muito bom ver a satisfação de cada um, em fazer o seu próprio brinquedo e brincar com ele.

Na semana seguinte fomos convidadas a participar de um evento na Secretária do Meio ambiente, com crianças deficientes visuais, foi mais que um presente pra nós, foi muito gostoso trabalhar com eles ver a sensibilidade e o prazer de cada um ao receber a história.
Quero agradecer a todos pela oportunidade e dizer que estamos ai.


Estamos com repertório de poesias lindas, contadas  no Sensorial, se você se interessou pela matéria e gostaria de nos conhecer, contate-nos.



Um beijo a todos

Deborah Gomes

sábado, 9 de junho de 2012

JOSELITO E SUA CABRA






Na semana que comemoramos a SEMANA DO MEIO AMBIENTE, não devemos nos calar diante do descaso com a natureza e animais, resolvi escrever um cordel da minha querida mestra CLEUSA SANTO, é um divertido e sutil protesto contra a exploração de animais.
Divirtam-se com o Cordel.

Joselito era um menino
Do interior da Bahia
Não conhecia a tristeza
Pois vivia na alegria
Molhava os pés no orvalho
Correndo na ventania

O menino tinha um sonho:
Que era sair do sertão
Mas Joselito não tinha
No bolso um só tostão,
Quando ele pensava nisso
Doía seu coração.

Ele ganhou uma cabra
Do seu amado padrinho
Joselito então pensou:
Já não estou mais sozinho
Com este pequeno bicho
Farei um bom dinheirinho.

Ele olhou para a cabra,
Começou a verificar
Algo diferente nela
Sem a conclusão chegar
Daí a perguntou a mesma:
Se ela sabia cantar?

A danada abriu a boca
Ele se impressionou,
Parecia que o bichinho
Naquela hora falou
Joselito tão feliz,
A cabritinha abraçou!

Balançou ela a cabeça
E deu um gostoso mé
Ele não entendeu nada
Porém tinha muita fé
O bicho lambeu seu braço
Como sendo um cafuné.

Joselito observou
Como ela era feliz
Não demorou na pergunta:
Cabra tu quer ser atriz?
A cabra piscou os olhos
E tremeu todo o nariz.

Ele então compreendeu
Com quem podia contar
Pois havia observado,
O bicho sabia falar
E perguntou novamente:
Cabra tu sabe cantar?

A cabra olhou para ele
Pôs a pata no seu pé
E balançou a orelha
De forma que fez até
Joselito entende-la
E redobrar sua fé.

Ele disse a sua cabra:
Vamos pra Salvador
Precisamos arrumar
Dinheiro com um doutor
Mandaremos uma carta
Ao nosso governador.

Ele dizia na carta,
Pra quem governa a Bahia:
Eu tenho um grande feito
Que descobri outro dia
Um pingo da sua ajuda
É de boa serventia.

O político respondeu,
Com grande satisfação.
Todo o povo já sabia
Era ano de eleição,
Então assim consegui
Seu desejado tostão.

Pegou a cabra no colo
E foi pra rodoviária
Com um sorriso maroto
Foi falando a secretária:
- Um bilhete pro meu bicho!
E não se faça de otária.

A moça olhou pra ele:
- Quem sou eu pra te barrar?
Mas precisa em minha mão
Um bom dinheiro pingar.
Foi assim que Joselito
Pode a cabra embarcar.

Mas foi la dentro do ônibus
Grandiosa a confusão
A cabra comia farofa
Misturada com feijão
Soltava pum fedorento
Que zoava igual trovão.

Quando chegou a cidade
O alívio foi danado
Ele não acreditava,
Pois estava emocionado
A cabra fazia mé mé
Com o ritmo todo ensaiado.

No elevador Lacerda
Começou a cantoria
A cabra dava pinote
Com imensa alegria
O povo que lá passava
Observava e sorria.

Depois de trinta dias
Ele tinha um bom dinheiro
Não pensava em outra coisa:
Vou para o Rio de Janeiro
Pretendo ganhar mais grana
Lá no mês de fevereiro.

E quando eles chegaram
Começara o Carnaval
A cabra toda empolgada
Para alegria da geral
Na frente da bateria
Sentindo-se a maioral.

Joselito bem feliz
Podia ir mais alem
O tratamento com a cabra
Era agora de meu bem
E tudo que ele falava
Ela dizia amém.

Ela se sentindo gente
E também muito feliz
Foi parar na Rede Globo
Por ter cara de atriz
Para falar com Boninho
Querendo uma diretriz.

Após conversar com ele
Teve logo aprovação
Primeiro foram na Angélica
Em seguida pro Faustão,
E ganharam vários prêmios
Com Hulk, no caldeirão.

A cabra não se aguentava:
Estou na televisão
Vou avisar as amigas
Pra chamar toda atenção
Domingo eu vou dançar
No domingão do Faustão.

E dançou como ninguém
Ganhou primeiro lugar
Joselito agora é rico
Começou a debochar
Esquecendo que a cabra
É quem o fez enricar.

Mas a cabra rebelou-se
Sempre falando mé mé:
Não irei mais trabalhar
Quero logo é dar no pé
Não fico mais com você
Por preço de um café.

Joselito ofereceu
Muito mais que um  milhão
Ela disse: Eu não quero
Viver nessa escravidão
Exploração de animais,
É crime e não tem perdão!

Foi assim que a cabrinha
Deixou então Joselito
O mesmo achou estranho
Aquele fato inaudito
A cabra falou: Bye-bye,
Explorador esquisito!

Ela livre a caminhar
Sem aquele triste elo
Foi reconstruir a vida
Fazer um enredo belo.
Vive hoje lá no Sítio,
Do Pica Pau Amarelo

Joselito foi pra casa
Ele mora em Salvador
Vive com sua família,
Mas sente remorso e dor
Todavia, os dois se falam,
Usando o computador.